Este inverno foi diferente. Foi o meu primeiro inverno sem apicultura.
Sempre chuva quase sem floração e sem colheita, muita água no interior, muitos ratinhos, sem limpezas e sem visitas.
Votei-as a um desprezo total e enchia-me de tristeza a incapacidade de as poder ajudar a dar a volta!
Em Janeiro tive a visita de um amigo dos altos pirinéus que perante a minha previsão de perdas, seguramente acima dos 25%, me tranquilizou dizendo que na sua região os números excedem as minhas piores previsões. Provavelmente muitos dos apicultores da sua região gostariam de poder trocar comigo! Agradeci a tentativa de me animar mas só consegui voltar aos apiários no início de Março, aos primeiros raios de sol, libertando-me da depressão ou zanga que tinha com elas.
Uma vez mais conseguiram surpreender-me!
Apesar dos maus tratos alguns apiários deixaram-me muito surpreendidos com o seu quase renascer da lama, porque foi chuva e lama que apanharam de Outubro a finais de Fevereiro! Na Mata e no Cabedelo por mais de uma vez tive que tirar as botas e meias, arregaçar as calças até ao joelho e arrancar algumas colmeias do meio da água já sem orifícios de entrada e saída.
Muitos dos enxames pequenos morreram por falta de alimento porque me recusei a alimenta-los. Não foi possível colher néctares de eucalipto no inverno nem os poléns do salgueiro e da acácia longifólia em Fevereiro... foi muito mau.
Mas a grande maioria resistiu! - Eu não.
Tenho até dificuldade em entender o milagre da recuperação de algumas colmeias!
Muitos dos enxames pequenos morreram por falta de alimento porque me recusei a alimenta-los. Não foi possível colher néctares de eucalipto no inverno nem os poléns do salgueiro e da acácia longifólia em Fevereiro... foi muito mau.
Mas a grande maioria resistiu! - Eu não.
Tenho até dificuldade em entender o milagre da recuperação de algumas colmeias!
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