domingo, 20 de janeiro de 2008

Um Fim de Semana

para animar a malta...

Foi-se a chuva e o sol instalou-se este fim de semana, com promessas de ficar por mais uns dias...
Mas só hoje ao final da tarde pude passar por Cabedelo e Mata para espiar o movimento "primaveril", snifar o cheirinho a néctares no ar, apreciar o movimento delas mesmo para além das 17h00... e aquela acumulação doida de abelhas junto à entrada... como que querendo enxamear...
Fiquei animadito, confesso...
mas precisavamos de ter um mês assim, para retirar o resto do material do armazém...
umas 40 alças e 10 ninhos... ... ... nem será preciso um mês!
Atento à floração dos eucaliptos ainda por abrir, este próximo mês será decisivo... ... ...
Ontem, foi com o amigo Felicidade passar uma tarde à serra, onde já se chega sem fôlego... Folegozinho!... tinhamos dois simpaticos apicultores à nossa espera:
o tio, quase octagenário e o sobrinho que lhe seguia as pisadas do conhecimento e lhe valia nas forças que lhe começavam a minguar...
Aquele lugarzinho, foi primitivamente todo duma só família, dona daqueles vales e serranias envolventes que a vista alcança... agora florestadas de eucaliptais e algum pinheiro, para a produção de pasta de papel...
coladinho às casas e sempre que a topografia facilitou, instalaram pequenas tiras de terreno em sucalcos que alimentam as hortas e a agricultura de subsistência... que ali, teima em não acabar...
O "Tio" vive sozinho, depois da morte da esposa, mas lá no lugar ainda é tio de toda a gente... umas três dezenas, distribuidas pelas cerca de seis casas existentes... poderia até ser o patriarca do lugar e é respeitado como tal, pela sabedoria e conhecimento que a vida lhe deu...
Emigrou para o Brasil em 54, onde fez fortuna, conheceu a vida e o mundo e onde deixou as suas sementes de sangue: uma filha ainda viva e netos de dois filhos que periodicamente vai visitar mas que não o arrancam definitivamente do seu paraíso serrano...
O "Tio", esperava-nos como combinado, porque queria vender-nos a meia dúzia de colmeias que tinha lá no monte... quase inacessiveis e de acesso perigoso para a sua idade... e teve que ser, depois da broa, do chouriço e do americano tinto, o amigo Felicidade, quase prometendo serem as últimas, comprou quatro... que carregamos a meio da tarde para a Mata da Bicha, onde hoje trabalhavam magnificamente...
Como de outras vezes, ficou a amizade, a promessa e a vontade de voltar... para, no caso, beber da sabedoria e do conhecimento do tio Arnaldo!

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