quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A necessidade faz...

o apicultor!

O significativo aumento do efetivo dos meus apiários pôs-me à prova em meados de Novembro, ainda com alguns dias amenos e de boas colheitas, quando foi necessário distribuir as primeiras alças... Quando foi necessário distribuir muitas alças porque os apiários estavam muito similares.
 
Enchia a carrinha de alças à noite e no dia seguinte só ao final da tarde, já escura, conseguia chegar aos apiários para distribuir as alças. Colocava a lanterna de leds que  há meses depois de muito regatear com o marroquino acabei por comprar para poder pescar à noite, colocara o fumigador de lado e concentrava-me na distribuição das alças a eito, em velocidade cruzeiro.
 
Rapidamente me apercebi que a reação das abelhas era passificadora, não voavam, só batiam asas, caminhavam, não se projetavam sobre a luz dos leds nem me procuravam picar as que  subiam nas mãos. Tinha só que ser lesto quando me detinha em algumas operações de verificação para não se acumularem  muitas  abelhas  nas bordas das paredes e não ter que as matar ao fechar a  colmeia...
Depois, coloquei  as luvas de lado, e a máscara... e já não quero outra coisa para as inspeccionar rapidamente quanto à  avaliação da sua necessidade de espaço.
 
Agora é ver-me sem qualquer proteção, de lanterna de leds na testa e raspador na mão, noite dentro pelas matas onde se distribuem os meus apiários, a abrir colmeias, levantando um quadro aqui ou ali e tirando apontamentos sobre o seu estado de desenvolvimento!
 
Consegui assim baixar a ansiedade porque tornei os dias mais longos e passei a acompanhar melhor as minhas numerosas colmeias num maneio de proximidade. 
 
Definitivamente, agora é que a vizinhança me vai chamar louco e provavelmente a mulher me colocará a mala à porta!
 

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