quarta-feira, 25 de abril de 2012

Uma manhã de gatos e cães...

Como dizem os ingleses...

Em dia de aniversário da revolução choveu demais pela manhã, a ponto de ocorrerem inundações por todo o lado e do rio quase transbordar... mas também fez muito vento que me espalhou o mateiral que deixara abrigado no telheiro. Ao início da tarde corri a ver os pequenos núcleos que na segunda e terça receberam as mestras do último translarve; por falta de poisos, tinha-os pousado na chão, na areia, onde confirmei terem resistido, encharcados e atulhados de areia...

Durante a tarde, como o povo, no seu "passeio dos tristes", ainda saíram a ver os raios de sol que se mostraram entre as nuvens, mas começo a pedir sol, muito sol, para cerca de uma centena de pequenos núcleos a precisar de engordar, para as colmeias que estão na serra para onde queria poder preparar e levar outras tantas... Em suma, para poder mexer-lhes!

Esta chuva depois do inverno seco que tivemos, terá provavelmente consequências  muito importantes no incremento de florações de Maio e Junho, mas por agora custa ve-las!...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Abril águas mil!

Confirma-se o ditado popular...

Já é a segunda semana de chuva e tempo frio e as previsões a dez dias mantêm as condições meteorológicas!... Temos um inverno fora de tempo!

Com este inverno vejo canceladas as minhas atividades apícolas e as rotinas planeadas alteram-se!...
Não pude tirar mel este fim de semana  nem preparar mais umas tantas colmeias para a transumância, mas ainda hoje de guarda chuva aberto protegia as células reais do translarve da semana passada, enquanto as enjaulava... espero ter mais sorte no domingo quando tiver que orfanizar as três dezenas de mini- núcleos necessários... mas já não seria a primeira vez que o fazia debaixo de chuva!...

Ao final da tarde passei as abelhas duns tantos mininúcleos para núcleos, foi uma delícia, ver aqueles quadros de criação em explosão... e apreciar a calma delas a apanhar chuvinha na cabeça!...

domingo, 15 de abril de 2012

Mesmo com chuva

Levei-as à serra!...

Só depois da cresta da semana santa é que teria condições para o início da transumância para a serra...
Programei o início do transporte para esta semana mas a chuva persistente só me permitiu pôr mãos à obra este fim de semana!... Acabei por alugar um furgão de cabine longa para uma carga e um transporte mais tranquilo que aconteceu na tarde de sábado e manhã de domingo!...
A serra estava dos tons que a urze queiró consoante o estado de desenvolvimento lhe dá, do carmim ao rosa, pena as previsões de continuada chuva e vento frio que iompedirá a colheita na próxima semana...  

Este quase  ritual da transumância que se repete a cada ano, sem grande razão de sustentabilidade e que eu não tenho grandes explicações que o justifique alimentam-me a paixão,  a emoção da aventura, o gozo e adrenalina do esforço associado...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Não há anos iguais...

nem apiários iguais!...

Nos balanços dos desempenhos dos diferentes apiários estamos sempre a comparar  os rendimentos entre eles e nos vários anos... E ressalta sistematicamente a quase aleatoriedade dos rendimentos dos apiários, afetados de tão grande diversidade de fatores muitas vezes nem compreendido pelo apicultor...

Este ano o rendimento dos apiários escalona-se por ordem decrescente: Mata, Portovedo, Sargaçal e Cabedelo, o ano passado foi precisamente o inverso, excluindo o Portovedo por ainda não existir... sendo a relação entre o melhor e o pior de 2 para 1!... ou quase de 3 para 1!... De dificil compreensão quando se trata de apiários tão próximos, sendo tentados a relativizar as diferenças ao controle das populações de varrôas que fomos capazes de fazer nos apiários... Mas a varrôa não é razão para tudo...

Ontem tirei mel em Cabedelo e na Mata (que distam cerca de 4km), e fiquei surpreendido e perplexo com a  excecional colheita nas três últimas semanas na  Mata!... O que terá influenciado este ano que não influenciou tão nitidamente o ano passado?!...  As razões com mais peso estão associadas à flora local, ao clima local, ao estado sanitário das colónias, à idade e qualidade das mestras e ceras e aos maneios... onde o apicultor nem sempre pode intervir a tempo!...